segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

the girl of vitrine


'havia uma garota do outro lado da avenida movimentada, ela parecia estar altamente entretida com seja lá o fosse que estivesse naquela vitrine, só sei que ela falava compulsivamente no celular e apontava para a vitrine, ela era tão linda tinha a feição de um anjo, metricamente perfeita, as bochechas rosadas em meio sua pele branca e aparentemente macia, devido ao frio de menos graus que fazia nesta época, conclui eu, e os olhos verdes claro, que mesmo ela não parando de se movimentar eu ainda assim consegui focar minha atenção neles.. olhos tão atraentes, que mesmo estando aparentemente tão confusos devido a conversa ou ao o que estivesse se passando na cabeça daquela mulher, é, mulher, porque depois de analisar melhor, já posso notar os traços mais fortes de uma mulher, e não só uma garota, enfim, ainda assim os olhos dela me passavam uma certa curiosidade em descobrir, saber mais, sobre essa 'tal garota da vitrine'.. mas voltando aos pequenos detalhes.. a boca dela, que não parava de por palavras para fora conforme falava ao celular, ela tinha os lábios mais bem desenhados do que eu já havia visto um dia, formavam um desenho ideal de uma boca, simplesmente linda e apelativa para mim.. ela andava de um lado para o outro sem sair da frente da vitrine em momento algum, seu sobretudo se esvoaçava a cada meia volta que ela dava quando voltava à andar para o outro lado, não pude deixar de reparar também nos cabelos, que vinha até quase à altura do seu quadril, tinham cachos mal formados nas pontas, eram castanhos, castanhos escuro, mas em certos movimentos me pareciam ser mais pretos..mas de qualquer forma eu não entendo muito sobre essas coisas.. via também ela de tempo em tempo, tentando inutilmente arrumar a franja que não parava de se bagunçar e voar para seus olhos conforme passava por ela o típico vento forte de uma tarde de inverno, era divertido ver o quanto ela parecia ser desastrada e hiperativa, e ainda assim, ao mesmo tempo tão encantadora, de modo que eu nem se quer conseguia desgrudar meus olhos daquela simples mulher, que de simples mesmo, não continha nada, pelo menos ao meu ver, cada movimento, gesto, era mais hipnotizante que o outro, se tornando impossível pra mim não ficar olhando cada detalhe mínimo daquela mulher, como, o modo que ela mordia os lábios em forma de nervosismo, o jeito que ela revira os olhos demonstrando tamanha impaciência com seja la o que fosse que estivesse falando, ou o jeito altamente sexy dela passar a língua pelos lábios para umidece-los, o fato dela ficar fazendo caras e bocas conforme falava ou ouvia.. sem contar que ela, com toda certeza é o tipo de mulher que qualquer cara, assim como eu, acha gostosa, com o perdão da palavra, mas ela é realmente gostosa, não do jeito 'promíscuo' da coisa, se é que me entende.. porque ela tem todo um jeito de garota em meio aos traços de mulher, que formam uma mistura incrível e maravilhosa. ela tem o corpo todo bem desenvolvido, altamente atraente, mesmo estando com boa parte coberta pelo sobretudo dava pra notar as suas curva bem formadas,
e que belas curvas.. ela não tem nada a ver com as mulheres daqui, que eu estou habituado a ver andando pelas ruas, ou em pubs, ou pelo menos às que eu já vi, ela aparenta ser diferente.. não! aparenta não, ela é diferente! com toda certeza, nunca vi ninguém igual, ela tem algo que se destaca na multidão, ela não é nada comum.. em meio à mais um gole do meu cappuccino, á vi parar de andar, e começar a olhar para os lados como se procurasse por algo ou alguém, mas logo voltando a falar ao celular e dar atenção á vitrine, e ai jack começou a puxar com força pela coleira e latir, em protesto, foi ai que olhei para o relógio e vi que já faziam uns vinte e seis minutos que eu estava observando a tal garota.. - se acalme jack, já vamos voltar a caminhar.. só um instante. falei vagamente ainda olhando para o relógio, e foi ai que eu subi o olhar rapidamente em direção ao outro lado daquela pista lotada de gente andando, e carros passando e..NADA! como assim nada?! ela não estava mais lá, eu não a via, mas ela tinha que estar lá, eu só despreguei os olhos por alguns segundos e ela some?! não! me levantei olhando pros lados meio que desesperado a procura dos cabelos escuros que eu tanto olhei, e não via nada olhei por toda a extensão da calçada do outro lado, no caso ao onde ela estava, ou deveria estar.. e não a vi, sem querer acabei soltando a coleira de jack, e isso já foi o suficiente pro espertinho sair correndo em disparada pelo parque onde o banco ao qual eu estava sentado pertencia, e eu sai logo em seguida disparado atrás daquele pequeno e irritante ser, que iria me pagar muito caro por me fazer perder de vista a garota da vitrine, droga! -VOLTE AQUI JACK!
vi o meu amado e querido labrador passar por um casal que caminhava pelo parque, e pular por entre uns pássaros que estavam ali por perto também, ele estava quase chegando perto da outra entrada daquele parque ambiental que no caso também era uma saída, e se ele saísse, ai sim ele estaria encrencado, ao cubo, então aumentei minha velocidade ao maximo, e foi ai que eu o alcancei me jogando no chão e segurando ele pelas patas traseiras, arrastando toda a parte da frente da minha blusa antes impecavelmente branca no chão.. a ele me paga.. e foi ai que eu levantei meu olhar um pouco e vi um par de botas, e subindo mais um pouco o olhar, vi o sorriso mais lindo que eu já haveria de ter visto, e à ouvi falar, tão doce: - e aqui esta um cão fujão, um lindo cão fujão, mais como você é fofo amiguinho.. e dai em diante eu não prestei mais atenção em nada, estiquei minha mãe até a coleira de jack à pegando e me levantei meio sem jeito, limpando minha camisa e a mão em seguida ainda vendo ela abaixada fazendo carinho no pseudo cão 'fofinho'/fujão, ela se levantou também, e me olhou ainda com aquele sorriso no rosto, e com um olhar meio que demonstrando certa preocupação e disse: - você esta bem?


one text out of my ordinary

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